Tecnologia de processamento da madeira permite a fabricação de móveis e equipamentos apícolas
Por muito tempo a madeira do cajueiro teve o seu potencial econômico desconhecido em relação aos demais componentes da planta, como a castanha e o caju, produtos com bastante mercado nos ramos alimentícios e até mesmo de rações animais.
Diante desse cenário, o engenheiro mecânico Arquimedes Bastos, do Nutec (Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará), equipamento vinculado à Secitece (Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior), teve um olhar diferenciado sobre as possibilidades desse recurso.
Isso levou Arquimedes a desenvolver uma tecnologia inovadora para processar a madeira de cajueiro e criar diversos produtos que podem ser comercializados, como componentes para a produção apícola, peças para paletes e alguns tipos de móveis, como portas e banquetas.
Processamento para apicultura
Arquimedes, que também é apicultor, encontrou nos cajueiros uma solução para reduzir o custo com a infraestrutura na produção apícola do Ceará. As colmeias construídas utilizavam madeira importada de outros estados, a um custo muito alto, inviabilizando a fabricação por parte de pequenos produtores rurais.
Observando o desperdício da madeira do cajueiro nas plantações, uma vez que retirados os cajus e as castanhas ela acabava sendo utilizada como lenha para abastecer olarias ou era meramente descartada, o engenheiro desenvolveu, junto com um grupo formado por profissionais técnicos da indústria apícola, máquinas capazes de processar a madeira descartada, conseguindo assim os insumos necessários para a fabricação de colmeias e outros itens.
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