A construção civil vive um dos momentos mais otimistas e projeta um reaquecimento do mercado em 2023. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), há uma projeção de crescimento de 13,5% este ano, estimativa maior que a do Produto Interno Bruto (PIB). Além disso, a construção civil cresce há sete trimestres consecutivos, um resultado inédito desde 1996, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Se o setor está em crescimento, isso é bom para a indústria moveleira, que passa ter a perspectiva de ocupar os novos espaços imobiliários com mobiliários novos. Para além disso, a atividade também pode servir como espelho para o setor moveleiro no quesito sustentabilidade. Responsável por 38% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2), o setor tem procurado melhorar esse impacto.
Isso tem sido feito com novos modelos de construção que fomentem a redução do consumo de energia, uso adequado da água, tratamento correto dos resíduos sólidos e uma menor utilização dos recursos naturais. Isso sem deixar de lado o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas. É o que aponta o relatório Construções Verdes – os desafios e vantagens das construções sustentáveis, elaborado pelo CBIC. Esses fatores não são muito diferentes dos apontados para a indústria moveleira.
O cenário atual aponta para maior consciência do setor da construção civil e há novos negócios que colaboram para isso. “Nos últimos anos, as startups revolucionaram a construção civil ao introduzirem novas ferramentas digitais capazes de integrar as cadeias produtivas e minimizarem os impactos ambientais do setor. Com isso, espera-se em 2023, a retomada de grandes empreendimentos, obras e reformas”, indica Nicolaos Theodorakis, CEO da Noah, startup que oferece soluções tecnológicas para a construção civil a partir da madeira engenheirada.
Startups entram nesse plano de expansão do setor da construção civil com novas ferramentas capazes de integrar as cadeias produtivas e minimizar impactos ambientais, algo que se tornou indispensável. Dentro disso, tecnologia e sustentabilidade são frequentemente vistas em todas as tendências previstas para a atividade, considerando que o futuro da construção civil se resume em inovação e preocupação com a realidade climática que assola o planeta.
Fonte: Emóbile