Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM) comemora 50 anos de olho no futuro
A Associação Brasileira de Preservadores de Madeira (ABPM) comemora 50 anos em 2019. Surgida a partir de uma necessidade do mercado brasileiro, a entidade representante do setor de usinas e empresas de preservação de madeira completa meio século de história proporcionando acesso a informações setoriais, programas de qualidade e promovendo o segmento para impulsionar os negócios das empresas associadas.
“A principal motivação para a criação da ABPM era econômica: retomar as vendas de madeira tratada, sobretudo postes. Obviamente, isso somente seria alcançado através do convencimento dos clientes de que a madeira tratada iria ter uma durabilidade adequada”, relembra Amantino Ramos de Freitas, que fez parte do grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) que fundou a ABPM em 1969 e foi o segundo presidente da associação.
A alternativa encontrada para recuperar o mercado foi reunir esforços de todos interessados em uma associação, nos moldes da American Wood Preservers’ Association – AWPA. Durante sua atuação na ABPM, Freitas avançou o programa de elaboração de normas técnicas junto à ABNT e o de controle de qualidade da madeira tratada, que levou à recuperação gradual do mercado e ao surgimento de novas usinas de preservação.
“Tratava-se de um programa bastante interessante, legado das diretorias anteriores, executado através de um convênio celebrado entre o antigo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), o IPT e a ABPM”, completa Flavio Geraldo, ex-presidente e sócio honorário da ABPM.
Já na avaliação do também ex-presidente da ABPM e um dos fundadores, Aldo Gandolfi, a associação contribuiu muito para o desenvolvimento do setor, principalmente quando surgiram novas empresas no mercado. “A realização de alguns eventos técnicos projetou o nome da associação de forma nacional e internacional,”, afirma.
Cenário atual
Desde a fundação da ABPM, em 1969, o setor passou por mudanças, alavancadas pela normatização da entidade, e o número de usinas cresceu fortemente. Hoje existem mais de 500 unidades de tratamento de madeira em autoclave em todas as regiões do Brasil. O enfoque inicial, que era a impregnação de postes para o setor elétrico e de telefonia, passou para a produção de madeira tratada para o setor rural, com um desenvolvimento ainda incipiente do tratamento de madeira destinada à construção civil.
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