Ferramentas da Arte Diamante ampliam a produtividade no corte da madeira em busca dos mercados dos EUA (Estados Unidos da América) e América Latina
Os setores madeireiro e moveleiro do Brasil contam, nos últimos 39 anos, com ferramentas de precisão e qualidade que ampliam as aplicações e cortes de madeira. Fabricante de ferramentas de corte para madeira e derivados, a Arte Diamante – sediada em Corupá (SC) – está em expansão nos últimos anos pelo mercado brasileiro, América do Norte e América Latina. “O diferencial dos produtos é que eles se destacam na qualidade, no acabamento e na precisão do material. Quando o cliente compra uma fresa da Arte Diamante, por exemplo, para trabalhos em madeira, logo se percebe um diferencial desde a espessura da pastilha até a durabilidade no corte, o balanceamento e ângulo de corte… É um material diferenciado, basta pegar na mão para perceber o acabamento e cuidado na peça. Não tem comparação”, relata o empresário Adriano Donato, diretor da Buriti Madeiras, de Santo André (SP).
Ao longo dos anos, a Arte Diamante vem inovando em sistemas produtivos, automações e maquinário. “Recentemente, adquirimos mais um centro de usinagem para produção de ferramentas recambiáveis, e em 2023 mais investimentos em tecnologia de produção estão programados. O ano de 2022 irá fechar com um crescimento acima de 20% em relação ao ano passado. Para 2023, o crescimento planejado é de 30%”, afirma Téo Bogo, diretor da Arte Diamante.
Segunda geração à frente da empresa – que foi fundada em 1983 por seu pai, Teofanes Bogo e por Ronaldo Schalinski (antigo sócio) – Téo Bogo assumiu a diretoria em 2021. O fundador acompanha o andamento da empresa, mas sem a carga administrativa dos últimos 38 anos, hoje ele foca em projetos de desenvolvimento de um maquinário diferenciado para afiação de fresas e cabeçotes, de melhorias nos processos de afiação de fresas finger-joint e iniciando um trabalho de consultoria em processos de usinagem e corte de madeira que era um desejo antigo. “Meu pai vai levar todo seu conhecimento como fabricante de ferramentas de corte de madeira para auxiliar as indústrias madeireiras e moveleiras em seus processos de usinagem da madeira, muitas vezes com investimento menor do que se imagina aproveitando o mesmo maquinário, sem custos desnecessários”, detalha Téo, atual gestor.
Segundo o diretor, a maturidade de quase 40 anos, aliada aos recentes projetos inovadores, colocou a empresa em um patamar em que a P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) irá ditar o crescimento ousado planejado para os próximos anos. “A Arte Diamante está passando por um processo de reestruturação geral, com implantação (em fase final) de um novo sistema modernizado de gestão (ERP), que permite uma melhor amplitude dos processos, apontamentos, indicadores, carga-máquina, controle de qualidade e rastreabilidade de produtos, em que cada ferramenta terá sua identificação exclusiva, dando os primeiros passos para a indústria 4.0”, pontua.
Com uma equipe formada por aproximadamente 50 pessoas, muitas delas com 25, 30, 35 anos de experiência, a Arte Diamante investe em ampliar sua governança corporativa (parte do movimento global de ESG) também como estratégia de expansão dos negócios. “Estamos fazendo uma modernização nos controles e processos produtivos, com todas as tecnologias e ferramentas mais modernas, para conseguir honrar e expandir o legado do nosso fundador. Ele fez a parte mais difícil, iniciando do zero em um pequeno barracão de chão batido, com admirável persistência e criatividade em administrar a empresa de forma idônea, inovadora e saudável por 38 anos. Sempre digo que ele é a enciclopédia Teofanes Bogo”, enfatiza o diretor.
Ainda sobre as ações para 2023, Téo Bogo antecipa que a empresa está desenvolvendo um serviço pioneiro de e-commerce B2B (comércio business to business, entre empresas) para ferramentas especiais. “É um sistema ousado, voltado especialmente para as regiões onde não temos representantes comerciais. Essa é uma dificuldade, encontrar representantes com conhecimento técnico em ferramentas. O sistema de e-commerce vai inclusive apresentar as ferramentas em 3D, de acordo com a necessidade do cliente em tempo real.”
MAIS LEMBRADA DO BRASIL
Durante 10 anos consecutivos, a Arte Diamante se destacou entre as três marcas mais lembradas do Brasil no segmento de fornecedores da indústria, na categoria de Ferramentas de Corte. Lembrando que a Arte Diamante é a única 100% brasileira entre os premiados, isto gera muito orgulho para a empresa. Entre os segmentos atendidos estão os fabricantes de móveis, painéis, portas, molduras, pisos, estruturas de madeira, biomassa, madeireiras, fabricantes de esquadrias, beneficiadoras de madeira
“Herval, Madem, Rohden, Esquadribrás, Sollos, Katzer, Amazon Woods, Rosina Portas, Butzke, Marely, Renar, Lega, 3 Irmãos, Madepar, Edentec, Madebal, Schmitz Agroindustrial, Serpil, Salvaro, Nasa, Maclínea, Moldurarte, Rozene Rossini, Regoso, Hence, Brixner, Fortimber, Koala, B&B, Art Lâminas, Ipumirim, Sincol, Bagattoli, Rozini, Robel, Imacá, Sier, Colpati, Sólida e Domus, AGF e Trada; são alguns dos nossos clientes pelo país, que consomem produtos como cabeçotes para moldureiras, sistemas de finger-joint, eixos pastilhados (cabeçotes recambiáveis) para plainas de desengrosso e desempeno, ferramentas recambiáveis para centros de usinagem, fresas para respingadeiras, conjuntos de fresas para fabricação de esquadrias, trituradores, projetos especiais, entre outros”, detalha Bogo.
A Buriti Madeiras iniciou as atividades em 1990 e, logo no início das operações, comprava ferramentas que vinham de vários fabricantes. “Uma ferramenta em específico chamou nossa atenção, tanto que fomos conhecer o fornecedor. Era a Arte Diamante. Ainda sem conhecer direito a empresa, mas pela qualidade do produto, já solicitávamos as ferramentas deles. Depois, tivemos contato direto e uma afinidade muito maior com a empresa”, lembra Adriano Donato.
PRODUTIVIDADE COM CABEÇOTE
Adriano Donato explica que sua empresa ampliou o ganho de eficiência e de produtividade após implantar os eixos pastilhados para as plainas de desengrosso feitos sob encomenda pela Arte Diamante – demanda que a Buriti Madeiras buscava há alguns anos. “São maquinários que trabalham por longos períodos todos os dias e originalmente fazem muito barulho. Você tem um setup (regulagem) de máquina muito demorado para trocar as facas do sistema antigo. Esses eixos pastilhados, que desenvolvemos junto com a Arte Diamante, fomos testando e dando o feedback para eles de como funcionava a ferramenta. Fomos um dos primeiros a instalar um cabeçote desse nas máquinas e o resultado tem sido fantástico.”
Segundo o madeireiro, a economia tem sido de cerca de 15% em comparação ao uso de ferramentas comuns na troca do cabeçote do maquinário. “Traduzindo em números: em duas plainas em que instalamos esse cabeçote, no custo de instalação na máquina, tivemos uma economia de R$ 4 mil nos 2 primeiros anos. Nos outros 2 anos subsequentes, em que não tivemos o custo de compra do cabeçote, apenas a troca de pastilhas, economizamos cerca de R$ 25 mil. Além disso, a troca das pastilhas é feita de forma mais espaçada, reduzindo os períodos parados para manutenção. Com isso, a troca de um jogo de pastilhas será a cada 2 anos (24 meses) no nosso caso. Então tem-se o ganho financeiro, de economia na troca das pastilhas, na qualidade do acabamento e na grande redução de ruído sonoro”, recomenda.
QUALIDADE DE ACABAMENTO
Outro ponto de destaque das ferramentas, de acordo com o empresário Adriano Donato, é a qualidade do acabamento. “Não tem comparação, no corte com o eixo pastilhado em relação às facas tradicionais, é muito superior porque estamos sempre trabalhando com a ferramenta afiada, que vai gerar um ótimo acabamento.”
O relato é compartilhado pelo empresário Carlos Alberto Miguel, sócio-proprietário da Madeireira Modelo, de Siqueira Campos (PR), cliente da Arte Diamante há cerca de 3 anos. “Encontrei o contato da empresa na internet e vi que era o que precisava para dar mais acabamento nas madeiras, além de agilizar a mão de obra. O acabamento é o maior diferencial, com 50% menos barulho das máquinas em comparação com o sistema de facas. Isso sem falar no tempo de afiação. São ferramentas que dão ganho de qualidade, desempenho, praticidade e custo-benefício”, lista Carlos.
Fernando Belchior, sócio da Marcenaria Fina, em Cruzeiro (SP), atua em capacitação de profissionais de marcenaria, projetos de uso sustentável de madeira, ensino de marcenaria, desenho, fabricação e comercialização de ferramentas para marcenaria. “Usamos há mais de um ano as ferramentas de corte da Arte Diamante. Um eixo pastilhado que temos, ao invés de usar um cilindro com facas, pois as facas tradicionais têm uma resistência menor ao desgaste. Quando acontece um dano nas facas tradicionais, em função da velocidade do cilindro, acaba danificando todas, sendo necessário fazer a reposição da faca, em um processo que pode levar horas para a nova regulagem das facas ficar perfeita. Mas com o eixo pastilhado, não precisamos fazer isso, porque a resistência das partilhas é muito maior. Então o ganho de produtividade pode chegar a 10 ou 15 vezes mais. Temos empresas clientes que também utilizam a Arte Diamante e relatam ganhos como a grande diminuição de ruídos”, constata Belchior.
ATENDIMENTO SOB DEMANDA
“A equipe de projeto e venda da Arte Diamante dá um suporte muito bom, com conhecimento: quando a gente descreve uma função desejada com uma ferramenta, para fazer o acabamento de um forro de madeira, por exemplo. Queria desenvolver uma ferramenta para começar a fabricar para o meu consumo. Só de falar como gostaria, a equipe já deixou todo o processo preparado e mandou a ferramenta. Foi só pegar a ferramenta, começar a produzir e ter um material com perfeição”, elogia Adriano Donato.
O acabamento da madeira com uso do cabeçote com as pastilhas intercambiáveis, segundo Carlos Alberto Miguel, fica similar à quando é lixada. “O investimento é recompensado em todos os sentidos, também pelo bem-estar da eliminação de ruídos na planta. Já faz mais de um ano que estou utilizando e, até o momento, só usei três faces das pastilhas, ainda há mais um lado para ser utilizado antes de enviar para afiar.”
Reportagem da REFERÊNCIA INDUSTRIAL, edição 243.