MERCADO CANAVIEIRO

Presente no Brasil desde 2017, desenvolvendo tecnologias necessárias para suportar o monitoramento de alta precisão, a Taranis, sediada nos EUA (Estados Unidos da América) e com escritório no Brasil em Campinas (SP), tem como principal foco a cultura de cana-de-açúcar. Atuando fortemente junto às grandes usinas, principalmente as da região Sudeste e Centro Oeste do país, anualmente a empresa monitora cerca de 300 mil hectares. O objetivo é passar a marca dos 600 mil ha até o final de 2023. Além disso, também tem ação na soja, milho, sorgo, algodão e pastagens.

De acordo com Fábio Franco, gerente geral Brasil da Taranis, o mercado nacional hoje representa a maior oportunidade agrícola no fornecimento de alimentos para o mundo e especialmente quando falamos da geração de energia limpa através principalmente do segmento sucroalcooleiro. “Esses fatores refletem diretamente no potencial gigantesco do país, por isso, o nosso foco está na ampliação e atendimento de demandas para o mercado”, destaca.

A empresa disponibiliza ao setor, a Taranis Smartscout, uma plataforma digital com inteligência artificial, focada em ajudar os produtores, distribuidores e consultores agrícolas a tomarem decisões mais assertivas. A ferramenta utiliza imagens de nível foliar que são analisadas por machine learning de última geração, e que é alimentada pela maior biblioteca de imagens de campo de alta resolução, contendo mais de 200 milhões de pontos de dados de IA. Deste total, o mercado brasileiro representa entre 10% e 15%.

A companhia tem uma linha de atuação com mais de 100 revendedores e distribuidores. Segundo Lucas Geraldini, diretor de marketing e customer success, este é um mercado em consolidação no Brasil com grandes players montando cadeias nacionais de distribuição e a visão da empresa é fazer com que esse mercado cada vez mais se assemelhe ao modelo de distribuição americano em alguns aspectos. “Isso vai ser um incentivo para nos desenvolvermos nos próximos anos nessa linha de negócio também. E será interessante, pois enquanto o nosso produto avança para esse tipo de cliente nos EUA os brasileiros acabam sendo beneficiados por um produto cada vez mais pronto e avançado”, acrescenta.

A captação de US$ 40 milhões em uma rodada de investimento de série D, foi liderada pela Inven Capital, um fundo europeu focado em tecnologia climática. Este capital eleva o financiamento total da empresa para US$ 100 milhões.

De acordo com Bar Veinstein, CEO da Taranis global, o aporte representa muitas oportunidades e permitirá à empresa acelerar seu plano de crescimento de três anos entregando inteligência de colheita para o agronegócio global e em particular, o Brasil. “Este país é o segundo maior mercado para nós e pretendemos aumentar o nosso investimento para expandir as operações locais e fornecer insights para proteger milhões de hectares de plantações, especialmente de cana-de-açúcar”, disse.

Nota da REFERÊNCIA INDUSTRIAL, edição 245.

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