OS DESAFIOS DO SETOR FLORESTAL

CIPEM É A INSTITUIÇÃO QUE FORTALECE O SETOR FLORESTAL DE MATA NATIVA EM MATO GROSSO

O manejo florestal sustentável e a rastreabilidade da produção florestal brasileira já são realidade, mas ainda há muitos desafios para os empresários do setor. O Cipem (Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso) é a instituição que atua em prol do fortalecimento das empresas de base florestal, representa a união de oito sindicatos empresariais e tem por objetivo organizar e fortalecer o setor, incentivar a produtividade e o consumo consciente da madeira e seus produtos com respeito à legislação e em harmonia com o meio ambiente. Rafael Mason, presidente do Cipem, diz que apesar da produção florestal ser uma atividade econômica extremamente importante para o Brasil, que gera empregos e renda em diversas regiões do país, a atividade enfrenta uma série de desafios e dificuldades que passam pela burocracia, pela falta de padronização de procedimentos e principalmente pelo preconceito existente com a atividade. “O principal desafio é a mudança de imagem do setor de base florestal, que precisa urgentemente deixar de ser visto como vilão, para ser visto como protagonista na conservação da floresta Amazônica. Com essa mudança de reputação se consolidando e sendo defendida pelos governantes, os outros desafios serão superados em sequência”, defende Rafael.

PRINCIPAIS DIFICULDADES

Entre os desafios enfrentados pelo setor se destacam as centenas de apreensões de cargas por questões administrativas que não configuram crime ambiental, mas causam prejuízos na reputação da produção florestal brasileira perante o país e o mundo. Essas apreensões são decorrentes de Vários fatores, como por exemplo, problemas relacionados à interpretação de normativas que regem a atividade, que muitas vezes não são claras ou estão em conflito com outras normativas. Nesta situação, os órgãos responsáveis pelas fiscalizações podem interromper o transporte da carga, mesmo que não haja ilegalidade na produção florestal, e fazem isso sem qualquer aviso prévio ou justificativa clara. Outra dificuldade apontada pelo Cipem é a burocracia como resquício de um passado que não condiz com a realidade atual. “O setor de base florestal organizado é totalmente a favor de um controle rigoroso da legalidade da madeira, principalmente porque a madeira ilegal concorre deslealmente com os produtos dos empreendimentos que produzem com responsabilidade e respeito às normas ambientais. Por isso é primordial que haja um movimento para reconhecer que existem muitas empresas idôneas”, salienta Rafael. Um exemplo de burocracia é referente ao memorial descritivo da rota que a carga de madeira irá percorrer, desde a sua origem, até o seu destinatário. “Atualmente ocorre o microgerenciamento dessa rota e, caso o motorista faça qualquer alteração no trajeto a ser percorrido, como pode acontecer naturalmente pelos mais variados motivos, mesmo que a carga esteja inteiramente legal, sem causar dano

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