Carne de aves, milho, motores elétricos e acessórios de veículos estão entre os produtos mais vendidos pela indústria catarinense no acumulado do ano até novembro, mostra análise do Observatório FIESC
Santa Catarina bateu um novo recorde no comércio exterior, antes mesmo de encerrar 2022. O montante exportado de janeiro a novembro atingiu US$ 11,1 bilhões e a importação alcançou a marca de US$ 26,6 bilhões, totalizando US$ 37,7 bilhões de movimentação no comércio internacional. Foi o melhor resultado da série histórica, iniciada em 1997, mostra análise do Observatório FIESC, divulgada nesta quarta-feira, dia 14. As vendas de produtos catarinenses aumentaram 18,3%, em relação ao mesmo período de 2021, já as compras internacionais, na mesma comparação, representaram um crescimento de 17,3%.
“Essa marca histórica se deve a um conjunto de fatores, como preços internacionais favoráveis, diversificação de parceiros comerciais e aumento do valor agregado, principalmente dos produtos exportados pela indústria catarinense, demonstrando a força da nossa economia”, afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “O complexo portuário catarinense e uma política de incentivo à movimentação portuária também são fatores estruturais importantes para esses resultados”, acrescenta.
A carne de aves foi o principal produto da exportação, ampliando as vendas para as Filipinas, Coreia do Sul e Chile. Milho, produtos industriais intensivos em tecnologia, além da das vendas de motores elétricos, partes de motor e partes/acessórios de veículos também marcaram forte presença nos mercados externos.
“Todos os blocos econômicos mundiais ampliaram os embarques de produtos catarinenses. De janeiro a novembro do ano passado, 131 países importaram pelo menos US$ 1 milhão de Santa Catarina, cada. E no mesmo período de 2022, esse número foi alcançado por 140 parceiros comerciais”, explica a economista da FIESC, Camila Morais.
A alta na inflação global e o aquecimento da demanda interna resultaram no recorde das importações catarinenses, no acumulado do ano até novembro. A aquisição de insumos para o setor automotivo, semicondutores e circuitos integrados, bens de consumo semiduráveis e não duráveis, especialmente alimentos, bebidas e artigos de vestuário estimularam a importação de países como a China, Argentina, Canadá e Estados Unidos.
Fonte: FIESC